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A inteligência

Enviado por em Tuesday, February 26, 2008

A inteligência humana teve uma evolução espetacular a partir da inteligência dos primatas, mas é curioso cogitar-se que uma inteligência tão fulgurante como a humana poderia ter evoluído a partir da inteligência de outros mamíferos avançados...

A inteligência e os animais
Muitos animais mostram inteligência em diferentes graus, sendo a inteligência humana a que mais evoluiu em tempo relativamente curto (cerca de dois milhões de anos), obviamente considerando essa evolução dentro de uma escala de centenas de milhões de anos.

A inteligência humana teve uma evolução espetacular a partir da inteligência dos primatas, mas é curioso cogitar-se que uma inteligência tão fulgurante como a humana poderia ter evoluído a partir da inteligência de outros mamíferos avançados, tais como os golfinhos, por exemplo. Talvez a maior instabilidade dos ambientes aquáticos comparativamente com os territoriais e as catastróficas alterações de clima no continente africano tenham promovido a grande evolução da inteligência dos primatas em detrimento dos golfinhos.

Como a inteligência não tem registro paleontológico, como ossos, dentes, etc., a tentativa de deslindar os mistérios relativos à evolução da inteligência dos animais em geral e dos primatas e golfinhos em particular são realizados a partir das evidências colhidas por cientistas a respeito do comportamento desses animais ao longo do tempo, como, por exemplo, a caça em grupo e a comunicação entre eles por sons ou por gestos.
Atualmente a visão científica é de que existem vários graus de inteligência, de que alguns animais dispõem de funções neurais, tal como a destreza manual, de visão colorida estereoscópica, altamente sofisticada, de reconhecimento e uso de símbolos complexos, de memória de longo prazo, etc.

O homem compartilha com outros mamíferos de muitos aspectos inteligentes que, anteriormente, supunha-se características humanas exclusivas, como a linguagem simbólica, por exemplo.

O fato é que o homem é o mais inteligente animal da Terra por causa das características do seu cérebro, mas outros animais dispõem de inteligência muito desenvolvida.

A inteligência humana

A evolução da inteligência humana foi estudada a partir do aumento da capacidade craniana e da utilização da inteligência na preparação dos primitivos artefatos fabricados pelo homem para a caça em grupo, para o cozimento precário de alimentos, etc. Esse estudo prossegue até os dias atuais, com o homem produzindo robôs, espaçonaves e células fabricadas a partir de embriões, destinadas à restauração de tecidos do seu corpo, etc.

Cientistas levantaram a hipótese de que é necessária uma “massa crítica” de neurônios como condição “sine qua non” para a explosão evolucionária da inteligência ou, em outros termos, abaixo de certo número de neurônios a inteligência não leva à invenção, à imaginação, à comunicação social simbólica e a outras formas semelhantes à inteligência humana. Essa hipótese é de que atingido certo número de neurônios ocorreu a explosão evolutiva da inteligência humana, o que determinou o rápido aumento do cérebro e da sua complexidade e que a inteligência humana prossegue agora tão somente no sentido da sua evolução qualitativa, ou, em outros termos, o homem será cada vez mais inteligente, distanciando a sua inteligência da dos outros animais. Essa teoria leva a uma cogitação muito curiosa: poderia em condições especiais ocorrer uma explosão parecida com a inteligência de outro animal, levando-a depois a uma evolução muito rápida?

Teorias referentes à inteligência

Sócrates teve uma visão prevalente de inteligência como um raciocínio abstrato no campo da linguagem e da matemática. Platão e Aristóteles entenderam a inteligência como uma habilidade na lógica, na geometria e na argumentação.

Os três filósofos gregos buscaram identificar pessoas sábias e testaram seus conhecimentos com o objetivo de identificarem a inteligência. Sócrates considerou que as inteligências das pessoas são diferentes e inerentes a elas, que nascem com conhecimento inato, conceito que chegou até o racionalismo de Descartes. Esse filósofo separava o corpo da mente, dizendo que o corpo sendo material podia ser estudado, enquanto que a mente por ter origem divina somente poderia ser conhecida pela introspecção. Locke, ao contrário, argumentou que não nascemos com conhecimentos, mas que os adquirimos por meio de nossas experiências sensoriais do mundo e de nossa capacidade de refletir sobre as operações mentais. Ele era materialista e afirmava que a mente poderia ser estudada também.

Donders, Helmholtz e Broca exploraram a natureza material do corpo e descobriram relações entre os sentidos e o sistema nervoso e o relacionamento entre o cérebro e as habilidades humanas.

Darwin com a sua teoria da evolução teve poderoso impacto sobre o estudo da inteligência e abriu campo para que Galton, com fundamento em métodos estatísticos, apregoasse a herança da inteligência e seus aspectos eugênicos.

Quociente de Inteligência

Sem dar ênfase a eugenia, que assumiu caráter político, principalmente na Alemanha, o psicólogo francês Alfred Binet e sucessores observaram que as pessoas são mais inteligentes ou menos e estudaram a inteligência com o objetivo de medi-la por meio de testes conhecidos como de avaliação do QI (Quociente de Inteligência). Para a criação desses testes imagina-se que a distribuição de QI, na população, tenha uma função chamada densidade de probabilidade normal. A distribuição normal, muito utilizada na estatística, necessita, matematicamente, de dois parâmetros para a sua completa caracterização: a média e o desvio padrão. Por convenção a média vale sempre 100. O desvio padrão (normalmente citado simplesmente como desvio ou, ainda, d.p.) mede a dispersão dos valores em torno da média. Para atribuir-se ao QI uma porcentagem (ou vice-versa) é sempre necessário que se conheça o desvio. Não tem sentido falar em QI (numérico) sem citar qual desvio padrão está sendo utilizado. Os desvios padrões mais comuns são o d.p. 16 e o d.p. 24. Por exemplo, uma pessoa com QI topo 2% pode ter um QI numérico igual ou igual a 130 (d.p. 16) ou 148 (d.p. 24). Assim, somente têm sentido, efetivo, as mensurações que resultem na inserção da inteligência de determinada pessoa no percentual privilegiado de uma determinada população, como, por exemplo, o Delphim Neto  faz parte do percentual de 5% das pessoas mais inteligentes do Brasil; Sócrates fazia parte do grupo de 2%  dos gregos mais inteligentes de sua época.

Existem sociedades que agrupam as pessoas mais inteligentes do mundo. Entre elas encontra-se a Mensa, que no Brasil reúne 400 sócios entre as pessoas mais inteligentes do País, com QI (d.p. 24) de 148 ou mais.

O neuropsicólogo Daniel Fuentes, supervisor da Mensa, considera que o grau de inteligência das pessoas é determinado pela associação de fatores poligênicos (que é caracterizado por uma combinação de gens) e multifatoriais (relacionados à estimulação ambiental).

Estima-se que 5% da população mundial seja constituída por pessoas com inteligências superdotadas, mas que a maior parte desse grupo não desenvolverá sua potencialidade porque essas pessoas não serão identificadas e não serão apoiadas. Essas pessoas encontram-se em todas as camadas sociais e em diferentes nacionalidades, raças e culturas.
O presidente da Mensa, neurocirurgião José Augusto Teixeira, cogita de conseguir recursos para que no Brasil as crianças com inteligência superdotadas tenham ajuda, como acontece nos Estados Unidos e no Canadá.

Inteligências múltiplas

Haward Gardner, professor da Havard Graduate School of Education, questionou a medição da inteligência por meio de testes verbais padronizados, defendendo a existência de inteligências múltiplas ou multifacetárias, com competências intelectuais relativamente autônomas, que podem ser combinadas e modeladas para adaptar-se às pessoas e às culturas respectivas.

Gardner atuou em dois campos distintos, num pesquisando crianças superinteligentes no Havard Project Zero e noutro realizando pesquisa referente às perdas das capacidades cognitivas em pacientes sofrendo distúrbio de funcionamento cerebral. Nessa última pesquisa, desenvolvida no Boston Veterans Administration Medical Center e na Boston University School of Medicine, observou a perda de inteligência setorial em pacientes com o cérebro afetado em algum ponto. Esse ponto seria no cérebro a sede de determinada inteligência perdida. O conjunto de pontos do cérebro comporia a inteligência humana.

Gardner criticou a avaliação do QI levando-se em conta apenas o processo lógico e lingüístico de solução de problemas, ignorando os aspectos biológicos e as várias matizes da criatividade humana.

Criticou também a teoria piagentina. Piaget havia proposto teoria segundo a qual os conhecimentos estariam dispostos dentro da mente de forma semelhante à rede telefônica de uma cidade, na qual uma ligação de fios permitiria a comunicação entre dois telefones, mas uma segunda ligação permitiria a comunicação entre três telefones, indo até o ponto que uma hipotética “ultima ligação” permitiria a comunicação desse último telefone com todos os outros telefones da cidade.
Pesquisas recentes em neurobiologia sugerem que existem áreas no cérebro correspondentes a diferentes pontos de cognição, com competências diferentes para processar informações específicas. Apesar de ser muito difícil dizer claramente quais são essas áreas, existe o consenso de que cada uma delas expressa uma forma diferente de inteligência.
Na apresentação original da sua teoria, Gardner propôs sete diferentes inteligências, mas não de forma taxativa, de forma que poderão existir mais de sete ou menos de sete inteligências diferentes.

Mais tarde Gardner especulou sobre um oitavo tipo de inteligência, chamada naturalista, associada à habilidade de reconhecer a flora e a fauna.
Gardner apresentou sua teoria de forma muito curiosa, para não dizer inteligente, o que seria redundância neste trabalho. Apresentou a biografia de pessoas que demonstraram facilidade incomum em cada tipo de inteligência, mencionando em seguida a identificação isolada de cada tipo de inteligência.
Essas inteligências múltiplas segundo Gardner  são as seguintes:

Lingüística e Verbal

A inteligência Lingüística e Verbal está relacionada às palavras e à linguagem - escrita e falada - e domina a maior parte do universo educacional ocidental. Responsável pela produção da linguagem e de todas as complexas possibilidades que a seguem, incluindo a poesia, o humor, o contar-estórias, a gramática, as metáforas, as similaridades,  o raciocínio abstrato, o pensamento simbólico, a padronização conceitual,  a leitura e a escrita.
Exercitam essa inteligência os poetas, os teatrólogos, os escritores, os novelistas, os jornalistas, os oradores e os comediantes.
Habilidades encontradas nesse tipo de inteligência:

  • entendimento da ordem e do significado das palavras;
  • capacidade de convencer alguém sobre um fato;
  • capacidade de explicar, de ensinar e de aprender;
  • senso de humor;
  • memória e lembrança;
  • análise meta-lingüística.   

Lógica e Matemática

A inteligência Lógica e Matemática está
comumente associada ao que chamamos de raciocínio científico ou indutivo. Esta inteligência envolve a capacidade de reconhecer padrões, de trabalhar com símbolos abstratos (como números e formas geométricas), bem como discernir relacionamentos ou estabelecer conexões entre peças separadas ou distintas. Presente nos cientistas, programadores de computadores, contadores, advogados, banqueiros e matemáticos.

Habilidades desse tipo de inteligência:

  • reconhecimento de padrões abstratos;
  • raciocínio indutivo e dedutivo;
  • discernimento de relações e conexões;
  • solução de cálculos complexos.

Visual e Espacial

A inteligência Visual e Espacial apóia-se no senso de visão e na capacidade de visualização espacial de um objeto, incluindo ainda a habilidade de criar imagens mentais. Essa inteligência encontra-se em atividades tais como as artes visuais (incluindo pintura, desenho e escultura), navegação, criação de mapas e arquitetura (que envolve o uso do espaço e o conhecimento de como se locomover) e em jogos como  o xadrez (que requer a habilidade de visualizar objetos a partir de diferentes perspectivas). Nela encontra-se o sentido de visão, mas também a habilidade de formar imagens mentais.
Ela é encontrada nos arquitetos, artistas gráficos, cartógrafos, designers, desenhistas de produtos industriais e artistas, pintores e escultores.

Habilidades encontradas:

  • percepção acurada de diferentes ângulos;
  • reconhecimento de relações de objetos no espaço;
  • representação gráfica;
  • manipulação de imagens;
  • descoberta de caminhos no espaço;
  • formação de imagens mentais;
  • imaginação ativa.

Musical e Rítmica

A inteligência Musical e Rítmica baseia-se no reconhecimento de padrões tonais (incluindo sons do ambiente) e numa sensibilidade para ritmos e batidas. Inclui também capacidades para o manuseio avançado de instrumentos musicais. Ela pode ser encontrada nos compositores musicais, dos mais diversos estilos (canções eruditas, populares, de jingles publicitários), nos músicos profissionais, bandas de rock e dança e nos professores de música.

Habilidades características dessa inteligência:

  • reconhecimento da estrutura musical;
  • esquemas para ouvir música;
  • sensibilidade para sons;
  • criação de melodias  e de  ritmos;
  • percepção das qualidades dos tons;
  • habilidade para tocar instrumentos.

Corporal

A Inteligência Corporal relaciona-se com o movimento físico e com a sabedoria do corpo, incluindo o córtex cerebral que controla o movimento corporal. É a habilidade de usar o corpo para expressar uma emoção (dança e linguagem corporal), jogar um jogo (esporte) e criar um novo produto (invenções). Por exemplo, são nossos corpos que sabem como andar de bicicleta, skate, datilografar e estacionar um carro. Esta inteligência pode ser vista nos atores, atletas, mímicos, dançarinos profissionais, cirurgiões e inventores.

Habilidades da Inteligência corporal:

  • funções corporais desenvolvidas;
  • habilidades miméticas;
  • conexão do corpo com a mente;
  • alerta por meio do corpo (sentidos);
  • controle dos movimentos pré-programados;
  • controle dos movimentos voluntários.

Inteligência Pessoal e Interpessoal

Esta inteligência opera, primeiramente, baseada no relacionamento interpessoal e na comunicação. Envolve a habilidade de trabalhar cooperativamente com outros num grupo e a habilidade de comunicação verbal e não-verbal. Constrói a capacidade de distinguir entre outras, por exemplo, as alterações de humor e de temperamento, as motivações e as intenções. Em sua forma mais avançada, literalmente a pessoa consegue ler os desejos e intenções do outro, podendo ter empatia por suas sensações, medos e crenças. Esta forma de inteligência é desenvolvida nos conselheiros, professores, terapeutas, políticos e líderes religiosos.

Habilidades:

  • criação e manutenção da sinergia;
  • superação e entendimento da perspectiva do outro;
  • trabalho cooperativo;
  • percepção e distinção dos diferentes estados "emocionais" dos outros;
  • comunicação verbal e não-verbal.

Inteligência Intrapessoal

A Inteligência Intrapessoal está relacionada aos estados interiores do ser, à auto-reflexão, à meta-cognição (reflexão sobre o refletir) e à sensibilidade frente às realidades espirituais. Envolve o conhecimento dos aspectos internos do ser, como o conhecimento dos sentimentos, a intensidade das respostas emocionais, auto-reflexão e um senso de intuição avançado. Essa inteligência é encontrada nos filósofos, psiquiatras, nos conselheiros espirituais e em pesquisadores de padrões de cognição.

Habilidades:

  • concentração total da mente;
  • preocupação;
  • meta-cognição;
  • percepção e expressão de diferentes sentimentos íntimos;
  • senso de auto-conhecimento;
  • capacidade de abstração e de raciocínio.

Inteligência naturalista

Recentemente, Gardner identificou uma oitava inteligência, a inteligência naturalista. Ele a descreveu como "a habilidade para reconhecer a flora e a fauna, para fazer distinções no mundo natural e ter sensibilidade em relação a ele". É a atração pelo mundo natural e  a sensibilidade em relação a ele. Constitui a capacidade de identificação da linguagem natural e a capacidade de êxtase diante da paisagem humanizada ou não.
Naturalistas, botânicos, geógrafos e paisagistas têm esse tipo de inteligência.

Habilidades:

  • capacidade de discernir, identificar e classificar plantas e animais; 
  • capacidade de distinguir diferentes espécies de plantas e suas características;
  • capacidade de demonstrar a utilidade botânica e curativa das plantas;
  • poder de observação.

Críticas à Teoria das Inteligências Múltiplas

A teoria de Gardner teve por objetivo ampliar as noções psicológicas da inteligência, mas, o maior impacto do seu trabalho foi no campo da educação.

Logo após a publicação da sua teoria, em 1983, muitas escolas foram criadas ou reorganizadas em torno da noção das inteligências múltiplas. Apesar de usarem a teoria de maneiras variadas, as escolas tentam ajudar as crianças a aprender e a desenvolver-se usando mais amplamente a gama de suas inteligências. A teoria de Gardner também teve impacto sobre as formas de avaliação das capacidades infantis nas escolas.
A Teoria das Inteligências Múltiplas influenciou as organizações educacionais, principalmente nas escolas privadas de ensino fundamental e médio. Recebeu também críticas tanto no aspecto teórico quanto no aplicado. Do ponto de vista teórico, Scarr criticou Gardner por construir a Teoria das Inteligências Múltiplas baseada na premissa de que a psicologia considera inteligência como uma capacidade unitária refletida por escores de QI.  Scarr afirma que a maioria dos psicólogos não acredita que o QI reflita o universo das capacidades humanas. Critica também que o simples fato de arrolar habilidades corporais cinestésicas, sociais e musicais não faz avançar o conhecimento da inteligência, pelo contrário, complica ainda mais as distinções entre inteligência e outras características humanas.


Inteligência emocional

A inteligência emocional relaciona-se fundamentalmente com a capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos que sejam importantes em determinado ambiente ou meio cultural.
A cultura tradicional do modelo de homem inteligente, principalmente, em paises ocidentais, não cogitava do domínio dos próprios impulsos, que se refletiam nas atitudes e pensamentos do homem.

Relativamente ao homem bem sucedido em seu meio, considerava-se tão somente o aspecto racional, não se levando em conta os aspectos emotivos no seu relacionamento com amigos ou com a família.

Em 1996, o jornalista Daniel Goleman publicou um livro com o título “Inteligência Emocional”, abordando a capacidade de pelo menos parcialmente o homem dominar a ansiedade e os impulsos negativos, como a cólera, a vaidade, o egoísmo e o orgulho desenfreado.

Sabe-se que os diferentes tipos de inteligência agem sob formas diferentes nas artes, no esporte, na informática, na literatura, na música, etc., e pode-se afirmar com certeza que a inteligência emocional produz efeitos sobre esses e sobre todos os outros tipos de inteligência, inclusive na vida profissional, na vida familiar, no ensino, na convivência em grupo, melhorando a atuação das diferentes inteligências.

Inteligências ainda pouco estudadas.

Existem outros tipos de inteligências pouco conhecidas, já referidas por pesquisadores e cientistas, mas dependentes ainda de mais estudos especializados e de comprovações, tais como a telepatia, a intuição e outras. Estudiosos afirmam que há muito a desenvolver no campo da inteligência humana, ainda muito pouco explorada.

Por experiência própria, em uma aula de direito processual civil, magistralmente proferida pelo professor Frederico Marques - homem de inteligência muito acima da normal - em determinado momento, na situação de aluno, percebi que a transmissão de idéias e conhecimentos, do professor para mim, havia deixado de ocorrer por meio das palavras, que eu ouvia em tom muito baixo, quase como um sussurro, mas que a transmissão operava-se noutro plano, diretamente do cérebro do professor para o meu cérebro, fato que demorou alguns minutos e que  me causou grande susto. Por ser ele uma pessoa irascível, que não aceitava qualquer observação de aluno, somente alguns anos depois, quando já formado, após uma conferência proferida pelo professor, contei-lhe a experiência que havia tido em sua aula. Fiquei muito surpreso quando o professor Frederico Marques respondeu que já havia ocorrido coisa semelhante com outro seu aluno.

autor: João Baptista da Rocha Croce


 

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::: Anônimo






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