Existem duas coisas básicas que mais contaminam o ser humano: uma é o entusiamo e a outra é a falta dele. Estamos sempre correndo atrás do sucesso, mas nem sempre o conseguimos. Valorizamos demais os nossos problemas e assim conseguimos as desculpas que precisamos para justificar nossa falta de ânimo jogando a culpa nos outros, na crise, na inflação, na família, etc. Encaramos tudo como problema e não como desafios.
Na verdade, o que não sabemos é usar a automotivação, e aí ficamos na dependência dos outros para valorizarem nossas ações, ficamos naquela de "ninguém me ajuda"...Simplesmente desconhecemos que "não é o sucesso que traz o entusiamo e sim o entusiamo é que traz o sucesso".
Ao analisarmos as pessoas vitoriosas chegaremos à conclusão de que a razão do sucesso está muito mais no entusiamo do que nos recursos para realizá-lo, pois o entusiamo tem a força de transformar as coisas e criar os recursos necessários.
Em qualquer profissão as pessoas entusiasmadas são as mais bem sucedidas. São elas que melhor enxergam as oportunidades e contagiam favoravelmente as pessoas e o ambiente. Entretanto, é necessário saber separar o entusiamo inteligente, justo e perfeito, de um otimismo infantil e teimoso que afasta o profissional da realidade. Aquele que é só otimista, torce para dar certo e fica esperando as coisas melhorarem, e o que é entusiamado faz as cosias acontecerem.
Nossa vida é uma grande caminhada, onde a estação futura é determinada pelo passo presente, e os obstáculos são apenas desafios que colaboram na nossa evolução. Fugir deles é o mesmo que querer retardar esse processo.
A palavra entusiasmo vem do grego que significa "Deus interior" ou "sopro divino". Acreditavam os gregos que quando houvesse uma boa colheita, as pessoas estavam tomadas pelo deus da agricultura e esse raciocínio era aplicado nas artes, na caça, na música e em todas as atividades do homem.
Os gregos tinham razão. O entusiasmo é a mais nobre manifestação divina sobre o ser humano, os olhos brilham e os desafios ficam excitantes, mas nóes, pobre mortais, nem sempre entendemos isso e preferimos ficar deprimidos aguardando que alguém nos alerte de nossa mesmice como seu deu com Pedro quando o Cristo lhe advertiu:
"Vai, Pedro, avança para as águas mais profundas e lança tuas redes...", ao que ele respondeu: "Mestre, pescamos a noite toda e nada conseguimos, mas confiante na Tua palavra, tentaremos de novo...", e, assim, pegaram tantos peixes que quase afundaram duas canoas...(Lucas 5:4 a 6).
Ir.'. Roldão Ruffini
A.'.R.'.L.'.S.'. Dr. Walter Pinto n° 251
Oriente de Piracicaba
Texto publicado na Revista A Verdade n° 457 - Nov-Dez/2006